Manter uma Bíblia sobre sua mesa e trazer princípios cristãos para
suas aulas causou a demissão do professor John Freshwater de uma escola
nos Estados Unidos.
A demissão ocorreu em 2011, após a diretoria da escola alegar que ele
estava discutindo temas que não faziam parte da programação das aulas.
Os advogados dele argumentam que o desligamento foi feito de maneira
inconstitucional.
Pesam ainda sobre o professor, acusações de que ele teria usado uma
ferramenta para queimar os braços dos alunos com uma cruz, de acordo com
o Daily News.
“Ele não se envolveu em proselitismo religioso, ele discutiu uma
teoria científica que passa a ser consistente com os ensinamentos de
várias religiões mundiais”, afirmou Hamilton, um dos advogados.
Entretanto, a escola alega que John Freshwater incentivava os alunos a
duvidarem das ciências com um folheto, e se negava a ensinar o conteúdo
programado, que abordava a criação e a evolução do homem e a
homossexualidade, segundo informações do Christian Post.
O professor está recebendo apoio de um grupo que luta por liberdades
civis, enquanto que a diretoria da escola tem recebido manifestações de
aprovação por parte de grupos ateus e de educação científica.
O caso está sendo julgado pela Corte Suprema de Ohio, e na última
quarta-feira, Freshwater apresentou sua versão dos fatos. Os advogados
do professor alegam que a demissão violaram os direitos da Primeira e
Décima Quarta Emenda da Constituição, que tratam da liberdade de
expressão e religiosa.
O Instituto Rutherford, entidade de proteção aos direitos civis,
afirmou que irá lutar para que o caso seja revisto e os direitos do
professor enquanto profissional e cidadão sejam garantidos: “Vamos
defender o direito à liberdade acadêmica de um professor de ciências
demitido por incentivar os alunos a pensar criticamente sobre o
currículo de ciência da escola, particularmente no que se refere às
teorias de evolução”, afirmou o comunicado do instituto.
O advogado da escola, David Smith, rebate dizendo que John Freshwater
não tinha liberdade para alterar o conteúdo definido para as aulas:
“Não há liberdade acadêmica do professor para fazer isso. Este não é um
caso sobre o cânhamo industrial. Este não é um caso sobre a guerra do
Iraque. Pontos de vista sociológicos e políticos são coisas
completamente diferentes”, argumentou.
FONTE:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
0 comentários:
Postar um comentário